17.11.22
Dezessete
Dezesseis
E esta camiseta não teria sido adquirida se não fosse pelo mero acaso de eu estar na hora certa e no lugar exato. Na Estação Farrapos. Foi lá que encontrei-me com o Márcio da @capocamisaria e fizemos este escambo através das roletas da estação. Havia dúvida da minha parte quanto ao tamanho. Mas ali mesmo tratei de experimentá-la. Como visto, deu certo.
E mais uma se junta ao armário.
As Celestes dos anos 90 já são realidade.
19.9.22
Quinze. A mais bonita do mundo!
18.9.22
Treze e cartorze! O retorno à primeira divisão e a retrô de 81.
Após lançar aquela que foi escolhida a camiseta mais bonita do mundo em 2005, no ano seguinte, o Grêmio retornou para a primeira divisão.
E em 2006, o time de Mano Menezes fez excelente campanha e acabou ficando em terceiro lugar e garantiu vaga direta para a Libertadores da América. E o uniforme lançado para o ano de 2006, o segundo da era Puma, tinha como característica uma manga preta e outra azul. E a gola que passou a ser redonda e na cor branca. Em relação a anterior, deixou a desejar na minha opinião. Tanto que não a comprei na época. E só a comprei porque mais uma vez, o seu Roque, aquele da Perusso, fazia do nada umas promoções absurdas...E com um pouco de sorte, já em 2008, num dia qualquer fui na Perusso dar uma "sapiada". Dali a pouco, no meio da arara de camisetas, ali estava ela... a camiseta de 2006, porém, para a minha surpresa ela tinha mangas longas. Mangas longas? Não hesitei! A sorte na verdade não foi pouca, eu tive muita sorte naquela tarde. Além de ser mangas longas, carregava nas costas o número 8. Normalmente ou era 9, ou 10. E outro fator, é claro... o preço! R$ 99,00. Porém, acabei fazendo uma bobagem anos mais tarde. Deliberadamente, arranquei o patrocinador da camiseta. A logo do Banrisul, numa tentativa de deixar a camiseta mais "limpa". Estraguei a camiseta. Fiz isso porque eu a usava pouco, peguei certo "ranço" com a camiseta porque toda vez que eu a vestia em dia de jogo, o Grêmio perdia ou empatava... aí eu a aposentei. Sou supersticioso, sim! Mas a guardo com carinho, apesar de ter feito uma judiaria com ela. Quando tirei o patrocinador, acabou ficando um pedaço pequeno, mas percebível se olhado de perto.
E naquela mesma tarde, aproveitando o embalo eu levei também a retrô de 1981 que foi lançada em 2008. Na verdade, entrei na loja procurando por ela e achei a outra. Esta, usei mais vezes. Em dia de jogo, inclusive.E já no caixa, na hora do pagamento, como de costume, aquele chorinho de consumidor... A camiseta de 2006, saiu pelo preço final de R$ 79,00. Esse seu Roque! Um baita sujeito!
16.9.22
119 anos!
Foi ontem, eu sei. Mas não tive tempo hábil para felicitar o Grêmio neste espaço que mantenho há dois anos ininterruptos. Pude, no máximo, escrever poucas linhas sobre este sentimento que tenho desde quando me conheço por gente. Ficou bom, acredito. Porque essas linhas que escrevi no dia de ontem acompanharam a maior prova de amor que fiz por este clube, nestes 37 anos que tenho de idade. É devido a este acompanhamento que não tive tempo. A obra levou 4 horas e 1/2 para ficar pronta. Quanto ao manuscrito, não irei reproduzir novamente para que o mesmo não se torne maçante, repetitivo. Quem viu, viu. Quem leu, leu. Quem não viu e não leu deixo que a curiosidade de cada um imagine o que achar justo.
Eis então o registro da minha homenagem ao Grêmio pelos seus 119 anos. Não somente ao Grêmio, mas também ao palco das suas maiores (em quantidade) conquistas. O Olímpico Monumental. O Velho Casarão que, a partir do dia de ontem, me acompanhará até o fim dos meus dias. Algo que demorei muitos anos para fazer, apesar da vontade que sempre tive. Pois agora, está feito! Arrumei a coragem necessária, graças à minha esposa que me deu todo o apoio!
Esta obra prima foi feita pelo tatuador Angel Oliveira, que reuniu 3 imagens, numa só. Um trabalho de fina maestria, de muita paciência. Meu agradecimento ao baita trampo que ele realizou. As imagens principais (estádio e símbolo) é de um jogo do Grêmio, contra o Coritiba em outubro de 2012. O último jogo que fui no Velho Casarão. Encontrei no site do Dücker, um dos retratistas mais conhecidos quando o assunto é Grêmio. O restante, é uma imagem do Olímpico que dá ênfase aos arcos que encontrei no Pinterest.
Por fim, era isso!
Feliz aniversário, de novo, Grêmio!
Contigo, minha vida é mais feliz!
Que venham novas glórias daqui para frente!
22.7.22
parte 12. escamas ou arcos do Monumental?
Para mim, sem dúvida nenhuma, é uma das mais bonitas camisetas que o Grêmio já lançou. Por sinal, é uma das mais raras camisetas. Pelo menos, é o sentimento que tenho em relação a ela. Pois demorei e muito para encontrá-la. E só a encontrei depois que entrei novamente no mundinho das redes sociais atuais do momento.
Já é sabido para quem acompanha todos estes relatos. Sou dos anos 80, mas fui forjado nos anos 90. Foi nesta década que comecei a acompanhar o Grêmio. Quando me tornei neste fanático ensandecido.
Em 1995 ironia ou não, coisa do destino sei lá, o Grêmio disputava, precisamente 1 ano e 1 dia depois daquele gol do Nildo, uma vaga na final da Copa Libertadores da América contra o Emelec. Não há como eu me esquecer daquele dia porque o jogo foi de tarde. Às 14 horas. Tempo louco aquele. Jogo de tarde? E não me esqueço daquela tarde porque desta vez o pai e a mãe estavam comigo. Era a primeira semifinal de uma LA que eu assistia. Aliás, naquele ano tudo foi a primeira vez. O Grêmio não venceu naquela tarde do dia 11 de agosto, mas deu um passo muito importante naquela campanha que ficaria para sempre na história do clube. Bem como na minha história de torcedor.
21.7.22
parte dez - eu sou o Tricolor de Porto Alegre
Rede Machete. Que canal! Já não bastasse os seriados japoneses que a emissora transmitia, transmitiu também a finalíssima. Era a primeira final da minha vida de torcedor. E dizer que poucos meses antes, nem TV à cores tínhamos.
Lembro de poucos flashes daquela partida. Mas o que não descola da minha retina é a visão que eu tinha do pai. Ao meu lado, ele assistia a partida. Meu pai, neste caso, trata-se na verdade do meu avô Nestor. Do meu lado direito, ele olhava ansioso para a televisão.
Quando de repente, num lance de escanteio, Nildo Bigode subiu mais alto e mandou a bola para o fundo das redes. Era o gol do campeonato. O primeiro título que eu vi o Grêmio ganhar. Uma alegria sem igual. Porém, eu não tinha uma camiseta sequer para vestir em 1994. Que lástima. A primeiríssima, aquela que o símbolo havia sido costurado já não existia mais. E aquela camiseta tricolor de 94 se tornava ali, um sonho de consumo infantil.
Sonho esse, só realizado muitos anos depois. Março de 2020. Quem diria. Direto do estado de Minas Gerais. Um anúncio muito oportuno e bastante em conta. Um fato raro de se ver. Não hesitei. Curiosamente, naquele dia o Grêmio jogaria contra o América de Cali pela Libertadores. Que sina.
Alguns dias de espera, de conversas pelo whats app com o vendedor e pronto. Pelo correio recebi numa caixinha uma das minhas maiores relíquias: a tricolor de 1994, com patrocínio da Coca-Cola. Feito aquela que Nildo vestia na tarde de 10 de agosto. Uma tarde que marcou para sempre a minha infância, não só pelo título, pelo gol... mas pela companhia que eu tinha ao meu lado. Esta história eu dedico ao homem que moldou o meu caráter. Obrigado, Seu Nestor!
6.7.22
parte onze - mereça o manto

A pé, a caminho do trabalho, eu vi de longe um guri. Talvez pouco mais novo do que eu, quiçá da mesma idade. Por ser cedo da manhã, a temperatura não era das mais amenas para o guri estar vestido apenas de uma surrada e bastante encardida camiseta do Grêmio, uma bermuda e um chinelo de dedo bastante precário. Quanto a camiseta, era rara por sinal. Só que ele estava muito distante, e logo sumiu de vista, se perdendo na "imensidão" do centro de Santo Ângelo.
Logo quando cheguei no serviço, compartilhei com os colegas sobre o que tinha visto. E disse, sem hesitar, que se eu visse novamente o guri aquele, lhe faria uma proposta pela velha camiseta, pouco me importando com o estado dela em si. Porém, o piá não reapareceu de imediato, e logo pensei que nunca mais o veria. E tratei de esquecer do assunto.
Na época, eu era balconista numa loja de material elétrico e hidráulico. Já devo ter dito isso em algum momento, enfim. O movimento era incessante. Um entra e sai de gente. E na grande maioria das vezes, o sábado era o dia dos problemas. E quanto mais se aproximava do meio-dia, mais coisa aparecia. Parecia deboche. Pois, durante a semana sobrava tanto tempo que até seriado assistíamos no final das tardes...
Lá pela uma altura da manhã, faltando meia hora para o meio-dia, quem resolveu aparecer na rua, justamente, quando a loja estava cheia de gente? O piá da camiseta! Bá. Se dizer o que fiz, vai parecer mentira. Então melhor passar esta parte.
Não por menos, quando me viram eu já estava conversando com o guri. Feito um maníaco, eu o parei. Imediatamente eu o indaguei sobre camiseta, que de perto, por Deus... estava péssima. Mas eu entendi perfeitamente os motivos daquela precariedade, e em nenhum momento julguei o rapaz. Lhe perguntei também se ele sabia, pelo menos, o ano daquela camiseta. Ele me disse: não sei, cara. Só sei que é velha. Ganhei numa dessas campanhas de agasalho...
Eu precisei pensar rápido. O cara naquela altura deveria estar desconfiando de alguma coisa, pois disse a ele que já tinha lhe visto mais cedo. Disse a ele o ano da camiseta, contei-lhe que eu a muito tempo a procurava e já emendei uma proposta audaciosa. Quis mexer com o brio do rapaz. Mas antes é claro, quis saber se ele realmente tinha noção do que vestia. Disse ele que não ligava muito, que era apenas mais um gremista no mundo. Humildade. Notoriamente, eu percebi que ele não tinha condições de ter uma camiseta nova. E foi essa a proposta que eu lhe fiz. Naquele ano, por ironia, o Grêmio e a Puma haviam lançado uma réplica quase que perfeita da camiseta de 1995. Contei ao guri sobre isso. Ofereci a ele. Detalhe: o levei até a extinta Mundo dos Campeões. Ficava ali, no calçadão. Vendiam material esportivo da dupla. Mas disse a ele que se quisesse qualquer outra camiseta do Grêmio, poderia escolher. Ainda bem que o cartão de crédito tinha limite... mesmo assim, o rapaz foi tão humilde que não quis outra se não aquela réplica de 95, que por sinal era mais em conta que as demais. E ali mesmo, dentro da loja, ele experimentou a camiseta nova e não mais a tirou. E me entregou a sua velha, surrada camiseta "branca" do Grêmio do ano de 1994. Confesso que não sei dizer quem ficou mais feliz. Talvez ele, pois a camiseta nova pelo menos estava cheirosa...
Gentilmente, o vendedor da loja e talvez um tanto perplexo, me cedeu uma sacolinha para que eu pudesse por a camiseta velha dentro. Quando retornei pro meu serviço, já quase de meio-dia, os colegas ainda me zoaram a respeito do escambo. Ainda me disseram: duvido, tirar o fedor desta camiseta e a sua sujeira... e eu dei risada.
Penso, às vezes, que sou retardado. Ninguém entende esses briques que faço, ou que já fiz. Mas outras vezes penso que devemos merecer o manto sagrado. Seja ele qual for. Novo, velho... original ou não. Acredito até hoje que aquele guri merecia e muito uma camiseta nova. Eu poderia ter dado a ele dinheiro, por exemplo. Mas ele não quis. Ademais, ele pouco se importava se a camiseta que usava era velha, feia ou encardida e um tanto mal cheirosa. Usava porque era gremista. E como dizia o Sant'Ana: "ser gremista é o sonho delirante de não conseguir na vida ser uma outra coisa”. Para aquele guri, ser gremista já lhe bastava. Depois daquilo, nunca mais o vi.
13.5.22
nove de dezessete - e eu tenho a minha alma azul celeste
6.5.22
5/38 - churrasco, fandango, trago e alento! é disso que o velho gosta!
Acompanhando um canal de You Tube, vi que o dono do canal também adotou os avos para contar a saga dessa segundona. Daonde tirou a ideia, não sei. Só sei que eu também adotei esta forma e assim seguirei até o fim.
Bom. Destes 5/38, em dois deles, eu estive presente. Contra o Guarani, e o C.R.B.; e dei pé quente mais uma vez. Espero, continuar dando sorte ao Grêmio. Uma lástima que, em maio, não terá um mísero jogo no final de semana em Porto Alegre. Adiantaram aquele que seria o único, no dia 21, para o dia 19. Bem no meio da semana... Mesmo assim, indo a Porto Alegre, confesso que não sei como o Grêmio anda jogando. Lá, quando presente, eu não assisto o jogo. Não consigo. Tática que tem dado certo. E em time que está ganhando, não se mexe.
Falando nisso, dá a impressão de que o Roger encontrou o ataque certo. Elias e "Biela" (apelido que dei ao piá, que chamam de Biel, logo quando aqui chegou) jogam pelas pontas. Diego Souza, centralizado no meio da grande área fecha o ataque. Agora, a pontaria ainda é algo preocupante neste time do Grêmio. Deus do céu o que erram de gols. Dos poucos lances que pude ver, nesses dois jogos, por ironia, foram os gols que Elias perdeu. Na fuça do goleiro. É coisa de louco...
E no domingo, dia das mães, chegaremos aos 6/38 avos da caminhada. Deste purgatório movido a casas de apostas... Quer dizer, não é somente o campeonato, mas a maioria dos canais de You Tube. Bom para quem ganha com isso. Ruim para quem perde. Literalmente. Bom, este jogo de domingo promete ser um dos mais difíceis desta segundona. Promete porque é um confronto de grife. Mesmo o time empresa estando cravado na segundona pelo segundo ano consecutivo, cautela nunca é demais... Porém, acredito que o Grêmio tem estofo para sair do Independência com os 3 pontos e recuperar a liderança da segundona. E mais: devemos mostrar a que viemos, já que estamos nela inseridos...
19.4.22
seis, sete e oito de dezessete - 3 em 1


Infelizmente, esta camiseta tem uma história triste. Eu não a tenho mais. De 2014 a 2016 eu morei em Caxias do Sul. E de um varal a camiseta foi roubada, em 2015. Sim, foi roubada. Devido a esse fato, eu nunca mais deixei sozinha pro lado de fora de casa uma camiseta do Grêmio que tenha sido recém lavada. Quando as lavo, fico de guarda até que sequem. Ou então secam dentro de casa. De lá pra cá já foram 7 anos. Uma lástima. Ainda me remói esse ocorrido, o meu descuido.
Pois bem, 2022. Abril, dia 19. Mais de dez anos depois daquela primeira e única sensação eu mais uma vez, por um golpe de muita sorte tenho a oportunidade e a honra de ter em mãos uma camiseta de 1995, da Penalty, a número 6. Evidente que desta vez, a camiseta não possui uma história semelhante a sua antecessora, mas garanto que muito cuidado por ela e novas histórias ela terá para contar.
14.4.22
cinco de dezessete
Dia desses, fui indagado por um velho amigo meu (que é colorado, inclusive) sobre essas histórias que tenho relatado por aqui. Se eu realmente lembrava dos detalhes das partidas, nomes dos jogadores ou se eu estava dando aquela velha e boa copiada no Google.
Em tempo: não me recordo de tudo. Alguns gols, nomes eu lembro bem. Diga-se que na última história que contei eu não me lembrava, por exemplo, do gol do Clóvis. Sequer me lembrava do nome deste jogador. Mas do primeiro gol do Itaqui, este eu lembro de forma clara e muito lúcida. Mas é só. De resto, o que eu lembrava do primeiro jogo contra o Corinthians eu relatei, também foi uma forma de relembrar a história da camiseta de jogo de 1998. E infelizmente, o autor do primeiro gol daqueles playoffs veio à óbito no dia de hoje. Freddy Rincón. Não resistiu aos ferimentos do grave acidente que se envolveu. Coisas da vida.
Como visto, eu quebrei a ordem dos fatores. Contei a história da última camiseta que adquiri. Logo, já são 18, e não 17. Porém, manterei o mesmo título. E a ordem deles, desses fatores, não altera o resultado pelo que diz a matemática.
E aqui do lado como já percebido pelos amigos, está a camiseta de 1997. Diferente da de 1998 eu não paguei um centavo por ela. Foi um escambo que fiz com um grande amigo, que hoje infelizmente, devido corre-corre da vida, tenho pouco contato. Um amigo que por sinal é demasiadamente, colorado. O Diego. Nos conhecemos quando virei frequentador nato do boteco que ele abriu em 2010, em sociedade com outro amigo, o Falk: o extinto, mas, incomparável Canecão. Ah, o Velho Canecão. Balaços memoráveis naquele lugar.
E tão assídua era a minha presença no Canecão que comecei a trabalhar lá com o Diego. Isso, já em 2011 se não me falha a memória. Que tempo divertido aquele. Porém, engana-se quem pensa que trabalhar num bar é coisa fácil. Lidar com gente do tipo da gente, quando mergulhada na cerveja, é brete. Mas que nada. E foi neste tempo que a amizade com o Diego se estreitou um pouco mais. Ele como colorado que é, muito fanático, sempre soube também do meu fanatismo pelo Grêmio. E jamais, nos desrespeitamos. Logo, histórias como essas que conto aqui, sobre camisetas no caso, eu já tinha conversado com ele.
Um dia, do nada, em 2011 ele se "apresentou" com uma camiseta do Grêmio. Imediatamente, eu o indaguei: - de onde raios é essa camiseta? - me disse uma história "qualquer" que não vem ao caso, e por questões bastante pessoais dele, prefiro não dizer aqui. Não é nada obscuro, ilegal diga-se! A camiseta tem procedência, é isso que importa! Aí, contada a história de como ele obteve aquela camiseta, que estava impecável (e que ainda está, basta ver o retrato) na época, propostiei o Diego. Ele não quis me vender, disse que não me venderia. Gostei disso. Porque ele também sabia do valor histórico daquela camiseta. Mas que poderia caso eu aceitasse, trocar aquela camiseta do Grêmio por uma camiseta do São Paulo que eu tinha lá em casa. Do São Paulo? Que raios e de que maneira isso? Bom. Lá pelos anos 80, meu avô arrumou umas camisetas emprestadas. Quase que um fardamento inteiro, aliás, era um fardamento inteiro do São Paulo. Todas licenciadas (e acredito que eram oficiais), pois tinham a logo e a etiqueta da Penalty. Parte dessas camisetas se extraviaram e o meu avô precisou comprá-las de quem havia tomado emprestado. Até hoje, é isso que eu sei. E as que restaram, foram guardadas. Havia umas 6 delas. Então, eu não hesitei. Tratei de ir buscar imediatamente uma daquelas camisetas são-paulinas. E feito o carreto. Tricolor azul pra cá, tricolor vermelha pra lá. O Diego, mesmo sendo muito colorado, é um entusiasta também. Gosta de futebol. Talvez por isso, tenha feito este brique. E também porque não faria muito sentido ele ter com ele uma camiseta do Grêmio. Eu, por exemplo, jamais teria comigo uma camiseta do colorado. Daquelas do São Paulo, duas delas eu doei a dois amigos são-paulinos. O Manoel e o Dione. As outras duas, vendi (a um preço muito justo) para um rapaz lá de São Paulo. Léo o nome dele. Uma delas ainda está lá na casa da mãe. Guardada de recordação.
Enfim. Faceiro era eu. Com mais uma relíquia tricolor. E o Diego sabia que eu cuidaria e muito bem dela. Talvez tenha sido este um dos motivos, vai saber... E esta foi a camiseta com que o Grêmio conquistou a terceira Copa do Brasil em 1997. Calando um Maracanã lotado de flamenguistas. Detalhe. Lembro muito pouca coisa deste dia. Lembro que João Antônio (autor de um dos gols) estava com o braço machucado. Também lembro, do gol do Carlos Miguel. O básico, né... Mas só. Se contar mais, será invenção. Por fim, foi com esta camiseta que fui pela última vez ao Velho Casarão, em 2012 no jogo contra o Coritiba.
12.4.22
quatro de dezessete... a derrota, é o que molda o torcedor
9.4.22
1/38 avos do sportingbet 2022
Hoje começa o purgatório. Daqui a pouco, às 16 e 30, o Grêmio dará início na sua terceira passagem pela segunda divisão. O seu terceiro fiasco da sua história centenária. Serão trinta e oito rodadas, e isso é a única coisa que a segundona tem em comum com a primeira divisão. O resto, do pescoço pra baixo é canela, rapaz! Te liga, bico!
Até hoje, alguns procuram saber os motivos da queda. Do desastre. Dias atrás o Romildo deu uma entrevista no You Tube. Vi a primeira hora. Depois larguei de mão. Eu sinceramente, desisti. Pouco me importa. E mesmo que eu venha a descobrir um dia, isso não mudará o fato. Agora o que resta é encarar o que vem pela frente. A Série B (que nome tosco), a segundona (nome raiz), iniciou ontem. Passei a vista pelo jogo do Vasco. Jogo ruim. Passei então a ver o jogo do Brusque contra o Guaraní, o velho bugre do interior paulista. Não sei o motivo, mas sempre tive um carisma por este clube. Mas o bugre perdeu. Numa jogada horrorosa de um defensor que armou o ataque do adversário. Estava desligado, o rapaz. Ou vai ver andou apostando uns "bets" por aí que faria aquela besteira para arrumar uns trocos para o fim de semana. Quem é que duvida? O nome da Série B é SportingBet. Você já fez a sua aposta?
Depois, o jogo que passou foi o do Bahia. Aquele que rolou ribanceira abaixo junto com a gente ano passado. Aquele mesmo time que perdemos de forma lamentável, tocou um 2 a 0 no time empresa do Ronaldo com uma facilidade sem tamanho. Poderia ter sido mais. Não é por menos que aquele time azul está no segundo ano consecutivo na segundona. Mas eles poderiam ter tido sorte melhor também, caso os caras não errassem tantos gols. Por fim, o ditado aquele do quem não faz leva, apareceu.
Uma coisa é fato: se o Grêmio deseja mesmo recuperar sua autoestima, deverá entrar no 220 todos os jogos. Fazer e matar quando tiver a chance. Do contrário será morto.
Para terminar, me sinto ansioso. Não pelo jogo. Mas pela suposta nova camiseta que irão lançar. Se for aquela que vi ontem, podem mandar a Umbro tomar no olho do cu. Bem que podiam "trazer" de volta, no meio de tanto vai e vem, a Penalty.
FORÇA GRÊMIO HEY!
NESTA CAMPANHA EU VOU ESTAR CONTIGO!
8.4.22
três de dezessete - o Grêmio e a Puma
2005, foi um ano diferente. Eu iniciava na faculdade e, pela primeira vez, eu assistiria o Grêmio jogar uma segundona. Já nos primeiros dias como calouro pude sentir na pele a corneta dos novos amigos colorados: "bi rebaixado"!, diziam, cada vez que eu aparecia com a camiseta do tricolor. A minha defesa: o Grêmio é também Bi da Libertadores e Campeão Mundial.
5.4.22
por um lugar ao sol
E o rural, é nosso. Pela quinta vez consecutiva. E eu, homem de trinta e tantos anos pela primeira vez acompanhei este feito. Nos anos 80 eu era muito pequeno para entender tudo isso. E hoje, neste século, o Grêmio segue a sua saga atrás de uma hegemonia maior dentro do pago.
31.3.22
o festival de barrigadas da ica
24.3.22
a patetice da nova década
Está cada vez mais claro. O clássico Grenal, que para muitos é um dos maiores do mundo, se torna a cada nova temporada um jogo patético. Sofrível.
19.3.22
sigo de pé no chão!
Baita vitória. Baita. Baita mesmo!
Mas vou manter meus pés no chão. Sabemos que o time do lado de lá não é parâmetro de nada. E não quero atirar um balde de água fria nesta grande vitória de 3 a 0, dentro da casa deles. Coisa que eu nunca tinha visto na vida.
Por que mantenho os pés no chão?
Ambos os gols, com a bola rolando, se originaram de erros. O primeiro, um erro de ataque deles que proporcionou o contra ataque mortal no gol que (me desculpem) o Elias chuta no goleiro, que por ser ruim não teve firmeza no braço para evitar o gol. Mas o Elias teve sorte. Isso vale. Porém, em nova chance idêntica à primeira falhou bisonhamente porque ele ainda não sabe chutar na bola.
O segundo gol que foi um golaço, também saiu de uma cagada monstruosa da zaga deles. E o bonito chute do Bitello contou com a fraqueza daquele goleiro deles que a mídia vermelha na tarde de hoje disse ser melhor que o Brenno. Digo mais: tivesse o nosso arqueiro tomado aqueles gols estaria agora dentro de uma caldeira de banha quente.
O jogo que era pra ter sido uns 6, não fosse a imperícia dos nossos avantes terminou em 3, numa excelente cobrança de pênalti de Dom Diego Showza.
Roger parece ter arrumado o time. Quando fez o óbvio, venceu. E a dúvida minha e de outros gremistas é a mesma: por que é que não fez isso no clássico passado?
Pra mim essa vitória lava a alma. Com certeza. Me sinto vingado por 1997. Aquele 2 x 5, no Olímpico foi duro de engolir. Em tempo: não quero com o meu comentário desfazê-la. Jamais. Porque ela mostrou que Roger também tem uma estrela quando o assunto é Grenal. Mas pra mim que ainda precisa ser polida para que venha a brilhar eternamente no Grêmio.
*
Extra tópico: mais uma vez atos de violência foram cometidos pela torcida do Internacional. Hoje a agressão foi dentro do Beira-Rio. Lucas Silva levou uma "celularzada" no meio da cara, no momento da comemoração do terceiro gol do Grêmio. A falta de punição exemplar ao Sport Club Internacional no Grenal da pedrada resultou nisso. É o passa pano dos órgãos públicos que fomentam atos como este. O jogo da volta, devido o horário, pode (e Deus queria que não) terminar mal. Muito mal eu diria.
9.3.22
gorro do blog
25.2.22
dois de dezessete - Anos 2000
De volta ao assunto. Acertadamente, a Kappa manteve praticamente o mesmo layout das camisetas anteriores. O azul que ficou um pouco mais "vivo", talvez. E nas costas, a numeração que antes ficava dentro de um quadrado, ganhou formas arredondadas.
Com 15 anos de idade e um pouco mais crescido, eu ainda usava a "primeira" camiseta de 5 anos atrás. E o que também mudou em cinco anos foi o seguinte: novas redes varejistas começaram a aparecer por aqui. Que ofereciam condições de compra, parcelamentos... E numa dessas lojas, na vitrine e do nada, apareceram as camisetas do Grêmio. Meus olhos brilharam. E um sonho estava perto de ser realizado. Imediatamente, ao chegar em casa depois do colégio, contei a novidade. Custavam R$ 39,90. Eu quase não acreditei, por sinal.
Alguns dias depois, a mãe (que já tinha crediário nesta loja) foi comigo até lá. E lá estavam elas. A tricolor e uma outra quase toda celeste... Mas eu poderia escolher apenas uma. E como foi difícil fazer essa escolha. De diferente uma da outra, além do layout, a numeração e a propaganda do patrocinador que mudavam. Na tricolor, o número era o 10 e a propaganda "Astra". Na azul, o número 5 e "Vectra" na propaganda. Escolhi a tricolor. A nº 10. A mãe fez a compra em 5 parcelas. Ainda era um tempo difícil, e por mais que as camisetas estivessem um "pouco" mais em conta, ainda eram caras.
E a escolha pela tricolor se deu por dois motivos. O primeiro porque é a camiseta titular. Em segundo lugar o nº 10, de Ronaldinho Gaúcho que na época... Mas lembro-me que eu tinha muita afeição pelo nº 5, que foi defendido por Dinho nos anos 90, e eu estava quase decidindo por ela, mas aquela nº 5 não era a do Dinho... e foi isso que mais pesou para que eu tivesse escolhido a tricolor. Em tempo: anos mais tarde eu me "arrependeria" da escolha que fiz e todos já devem imaginar os motivos. Mas faz parte.
E assim como a primeira eu a usei muitos anos. Foi a primeira camiseta oficial que eu tive. Hoje, ainda serve. Mas uso bem pouco. Tem um visível desgaste porque eu realmente a "gastei". E uma pena que as camisetas da Kappa, do mesmo modo que as da Penalty, desbotavam. O preto com o passar do tempo se tornou quase marrom.
15.2.22
tesouros: o início! parte 1 de 17
No ano seguinte, em 1995, com um pouquinho mais de noção da coisa, eu acompanhei mais de "perto" o Grêmio. Que jogava a Libertadores da América. Pela TV, eu via como eram maravilhosas aquelas camisetas oficiais. Mangas longas, curtas... A tricolor, a celeste e as brancas. A celeste e a branca em especial, pois eram "diferentes". Era um sonho para mim, ter uma delas. Mas nem o pai e nem a mãe tinham condições de me presentearem com uma camiseta daquelas. Eram caríssimas. Para se ter uma ideia, o salário mínimo da época era R$ 100,00. Na ocasião, uma camiseta oficial não custava menos que R$ 50,00. Só que o "erro" já havia sido cometido. Fui "fanatizado". Muito mais pela mãe do que pelo pai, diga-se. E naquela explosão tricolor apareceram vários camelôs nas ruas, que ofereciam camisetas de origem duvidosa por preços razoavelmente aceitáveis. Mesmo assim, não era barato. Algumas não eram tão bem feitas, possuíam 4 estrelas em vez das 3, e eu sabia disso. São somente 3! Aí um dia, não lembro precisamente quando foi, mas o Grêmio já havia conquistado a América pela segunda vez a mãe me levou ao centro. Ali na Avenida Brasil tinha um desses camelôs.
E lá estavam elas, todas penduradas num varal, diversas camisetas do Grêmio. Mas nenhuma era branca ou celeste. Já haviam sido vendidas... Restavam eram as tricolores, mas diferentes umas das outras. Um detalhezinho aqui, outro ali... Mas o preço? O mesmo! R$ 25,00 cada uma! Mesmo assim, era caríssima. A mãe conta que na época recebia R$ 60,00 mensais... vejam só o tamanho do esforço que ela fez. Mal sabia ela o "monstrinho" que estava criando ali... No meio de tantas, e mesmo sabendo que nenhuma delas era oficial, porque eu não liguei pra isso, eu procurei a mais parecida possível, a cópia mais bem feita e a encontrei. Foi uma felicidade! A mãe pagou o cara com duas notas de dez e outra de cinco, e eu a vesti na mesma hora, faceiro tipo um pinto em meio a quirera. Se pudesse rolaria ali mesmo de alegria. Ainda bem que como eu sempre fui nanico, pude usar aquela camiseta até os 14 anos de idade e, eu ainda a tenho muito bem guardada, com muito carinho porque sei o quanto foi custoso para eu ter essa camiseta. Por isso que eu não guardo preconceitos em relação a camisetas de "procedência duvidosa", considero e muito um gremista quando o vejo com uma camiseta de camelô, porque eu sempre soube o quanto é difícil (para quem é mais humilde) ter uma camiseta oficial. Muito embora hoje, considerando o salário mínimo vigente e o da época está um "pouco mais fácil" ter uma.