25.2.22

dois de dezessete - Anos 2000

Um novo milênio e sem o bug! Era o que mais se falava naquele tempo. E por aqui, um novo patrocinador de material esportivo "desembarcava" em Porto Alegre. A Penalty se despedia do Grêmio depois de muitos anos. No seu lugar uma marca famosíssima e mundialmente conhecida; a Kappa. Por parte da torcida, foi uma alegria só. Aqui no Brasil a marca já patrocinava o Vasco da Gama há alguns anos, e fora daqui o Barcelona. Antes do patrocinador esportivo, o principal já havia mudado. A Renner (empresa de tintas) havia sido substituída pela Chevrolet; que passou a patrocinar a dupla no final da década de 90. O novo século também marcou a entrada da I.S.L. dentro do Grêmio. Um capítulo que até hoje rende assunto. Essa parceira terminaria com o Grêmio na segunda divisão, anos mais tarde...

De volta ao assunto. Acertadamente, a Kappa manteve praticamente o mesmo layout das camisetas anteriores. O azul que ficou um pouco mais "vivo", talvez. E nas costas, a numeração que antes ficava dentro de um quadrado, ganhou formas arredondadas. 

Com 15 anos de idade e um pouco mais crescido, eu ainda usava a "primeira" camiseta de 5 anos atrás. E o que também mudou em cinco anos foi o seguinte: novas redes varejistas começaram a aparecer por aqui. Que ofereciam condições de compra, parcelamentos... E numa dessas lojas, na vitrine e do nada, apareceram as camisetas do Grêmio. Meus olhos brilharam. E um sonho estava perto de ser realizado. Imediatamente, ao chegar em casa depois do colégio, contei a novidade. Custavam R$ 39,90. Eu quase não acreditei, por sinal. 

Alguns dias depois, a mãe (que já tinha crediário nesta loja) foi comigo até lá. E lá estavam elas. A tricolor e uma outra quase toda celeste... Mas eu poderia escolher apenas uma. E como foi difícil fazer essa escolha. De diferente uma da outra, além do layout, a numeração e a propaganda do patrocinador que mudavam. Na tricolor, o número era o 10 e a propaganda "Astra". Na azul, o número 5 e "Vectra" na propaganda. Escolhi a tricolor. A nº 10. A mãe fez a compra em 5 parcelas. Ainda era um tempo difícil, e por mais que as camisetas estivessem um "pouco" mais em conta, ainda eram caras.

E a escolha pela tricolor se deu por dois motivos. O primeiro porque é a camiseta titular. Em segundo lugar o nº 10, de Ronaldinho Gaúcho que na época... Mas lembro-me que eu tinha muita afeição pelo nº 5, que foi defendido por Dinho nos anos 90, e eu estava quase decidindo por ela, mas aquela nº 5 não era a do Dinho... e foi isso que mais pesou para que eu tivesse escolhido a tricolor.  Em tempo: anos mais tarde eu me "arrependeria" da escolha que fiz e todos já devem imaginar os motivos. Mas faz parte. 

E assim como a primeira eu a usei muitos anos. Foi a primeira camiseta oficial que eu tive. Hoje, ainda serve. Mas uso bem pouco. Tem um visível desgaste porque eu realmente a "gastei". E uma pena que as camisetas da Kappa, do mesmo modo que as da Penalty, desbotavam. O preto com o passar do tempo se tornou quase marrom.