26.5.21

pé quente!

Era o ano de 2012. Curiosamente, no mês de maio. Precisamente, dia 24 de maio. Portanto, há 9 anos atrás. Caminhando pela João Pessoa, rumo ao Monumental, eu ouvi as sirenes e em seguida, vi o ônibus do Grêmio sendo escoltado pelos batedores da Brigada. Ao mesmo tempo que eu, outros gremistas pararam para alentar o comboio tricolor. Lembro deste dia de forma cristalina porque não moro em Porto Alegre e, era o primeiro jogo que eu ia por conta própria. Sem depender de excursão ou coisa do tipo. Saí de Alvorada, da morada do meu tio, sozinho. Se o ônibus que me levou até o centro de P.A. naquela noite tivesse parado uma vez a mais, eu não teria visto o que para muitos é algo bem corriqueiro. Além do mais, o jogo contra o Bahia, foi o último jogo à noite que vi no Velho Casarão. Ali, da calçada, mandei toda a minha energia positiva ao time. Vencemos! Por 2 a 0 o time baiano, do colorado Falcão. 

Domingo passado, algo parecido novamente aconteceu. Só que desta vez, no Humaitá. O "novo" bairro tricolor. Cheguei em Porto Alegre, por volta das 14 horas. Resolvi passar pelos arredores da Arena, ir até a Grêmio Mania, mas fui interceptado pelos brigadianos que faziam a segurança no entorno do estádio. Como não conheço bem o lugar, fui saindo por onde achei que poderia sair. Não notei que eles me disseram para dobrar numa das esquinas. Indo reto, mais adiante, fui novamente interceptado de forma mais "brusca" por um outro brigadiano que pilotava uma moto. Era um batedor. Nada mais que isso. Encostei o carro, achei que seria abordado, mas não. Quando me dei conta, enxerguei sirenes. Dito e feito. Todo o aparato era devido a delegação gremista que se dirigia à Arena, naquele exato momento. Engraçado é que, percorri 450 km aproximadamente, e se eu demorasse 1 minuto a mais enquanto almoçava com a mãe num desses restaurantes que tem na 386, não teríamos visto e nem tido a oportunidade de desejar sorte aos jogadores "ao vivo". Isso me alegrou de tal forma, que parecia um dia qualquer. Daqueles, de quando a pandemia ainda não era uma realidade. Enfim. Ali, eu e a mãe desejamos toda a sorte e o alento que podíamos. Um pouco antes, apenas para registro, também passou a delegação vermelha e claro, aproveitamos para desacatá-los. Faz parte. 

Dito isso, o jogo já sabemos como é que foi. O Grêmio sagrou-se campeão do rural, mais uma vez. Pela quarta vez consecutiva. Algo que não ocorria desde os anos 80. É a primeira vez que pude acompanhar tal feito. Mas a partir de agora, o caldo começa a criar corpo. Não falarei nada sobre a partida. O título é o que fica. Além do mais, a gente ganhando, eles não ganham!

Um adendo: eu estando em Porto Alegre, nunca perdi para os vermelhos. Nem para o Falcão. Sou pé quente! Definitivamente.

Parabéns, Grêmio! Pelo quadragésimo título do Campeonato Gaúcho! 

Muito obrigado!