3.12.20

a campanha

Assisti a última coletiva do Renato. Após se tornar o treinador com o maior número de jogos disputados, mais uma vez, faz história o treinador. Na coletiva, lembrou dos críticos do seu trabalho. Disse ele que sumiram, após os recentes bons resultados que aí estão. Verdade. Nos blogues que tratam do assunto, realmente, sumiram todas as críticas. O mês de novembro, foi de fato, um novembro azul.

Recordo que uma das últimas postagens que fiz em outubro, tinha como título: "um dia para esquecer". Tratou sobre o empate do Grêmio, contra o América de Cali em Porto Alegre. Era uma noite para ser esquecida, mas pelo jeito não foi e nem será. Por um fio não deixamos escapar a primeira posição da chave; porém, mesmo vencendo aquele jogo o Grêmio alcançaria treze pontos, e não mudaria o quadro atual da fase final. 

Trago à tona este assunto, porque na fase dos mata-matas da L.A. a classificação geral da fase de grupos é o fator que determina os mandos de campo na segunda fase. Acredito que boa parte da torcida tem a preferência de jogar a segunda partida em casa; mas se não for possível, isso não é o fim do mundo, e esta temporada que o diga. Confirmando a vaga às quartas, nesta noite, o Grêmio jogará a primeira partida na Arena e a segunda na Vila Belmiro. E, passando pelo Santos, independente de quem for o adversário das semifinais, o Grêmio só decidirá na Arena caso o nosso maior rival se classifique. O que ficou mais difícil para eles, depois da derrota de ontem.

Aí a questão: o Grêmio poderia e teria a obrigação de ter feito melhor campanha na fase de grupos, de garantir o primeiro lugar da chave com um número maior de pontos, levando em consideração que nela foram jogados dois clássicos, para poder decidir sempre na Arena os mata-matas? 

Alguns acreditam que sim. Porém, por mais crítico que eu já tenha sido aqui e, em outros espaços, não acredito nisso. Perdemos a segunda partida para a Católica em Apoquindo. Lembro que o Grêmio fez uma péssima partida no Chile; mereceu a derrota. Procurei algo por aqui, mas não relatei nada sobre o jogo. Teria culpa o Renato sobre essa barrocada? Lembro que ele tomou um nó do treinador da Católica, mas  analisando de forma fria, considerando o que havia em campo naquela noite, e o que havia a disposição no banco. Outro fator foi a saída precoce de Geromel, ainda no primeiro tempo da partida. 

Quanto aos clássicos, o empate no primeiro jogo pelo "tamanho" da partida não foi o pior resultado. Mas vencemos o jogo da volta. Se os resultados se invertessem (apenas o fator local), também não seriam vistos com maus olhos. 

Acredito que a campanha na fase de grupos não foi horrorosa, como parece que foi. Não foi boa. Foi razoável e aceitável porque cumpriu com a obrigação de se classificar. Esta sim, para mim, a única obrigatoriedade que existe para um clube do tamanho do Grêmio dentro de uma Libertadores.