19.9.22

Quinze. A mais bonita do mundo!

Vez e outra é preciso fazer uma escolha. Porém, eu não imaginava o quão rara se tornaria esta lenda de 2005, que foi escolhida a mais bonita do mundo naquele ano. E só descobri isso quando comecei a procurá-la. Além de difícil de ser achada, as que encontrei por aí extrapolavam e muito o meu orçamento. Claro que algumas eram impecáveis. Mas, pelo menos eu, tenho um "teto" para este hobbie que conservo. Certa vez, recebi uma proposta até. Mas envolvia troca. Nada feito. O que consigo, morre comigo. E assim os anos foram passando. Fui adquirindo outros mantos que estavam na fila da frente, até que em dezembro do ano passado, passeando com a patroa pelo centro, vi um senhor sessentão já, ali no Ki Lanches Farroupilha. Para quem não conhece é um "cachorrão". E apesar de ser bem no miolo do centro, é daqueles bem raiz. 

Este senhor, estava acompanhado de uma senhora. Bebiam um litrão de uma ceva qualquer. Quando os vi, comentei com a minha esposa: veja, a camiseta de 2005! Calculei que seria uma boa hora, para fazer uma proposta. Deixei a esposa esperando, e fui lá. Pedi licença, me apresentei e em seguida perguntei a respeito da camiseta. Disse que eu "coleciono" camisetas. Curioso que ele não me disse o nome quando perguntei. Ao invés disso ele falou: pode me chamar de Negrão, guri! De fato, ele era preto, e achei o máximo ele ter falado daquela maneira. Me trouxe, com isso, para perto dele como se diz. Me convidou inclusive para sentar-se com eles. Infelizmente não pude aceitar o convite. A patroa já estava se chateando com a minha demora. Até que fiz uma proposta. Ele pensou, mas no momento recusou. Engraçado foi a senhora dele dizer: "mas home, venda logo isso daí!"; eu tive que rir. Aí ela mesma me disse: "ele vende! Anote o teu número aqui que entraremos em contato contigo.". Porém, talvez ela não tenha notado que aquela conversa não se tratava apenas de uma compra e venda. Havia ali, sentimentalismo!

De noite, quando eu menos esperava, o Negrão me mandou um áudio. Me fez uma contraproposta. Aí eu disse que não podia lhe oferecer mais, e de fato, não podia. No outro dia tornou-me a me mandar um áudio que faço questão de reproduzir integralmente: "- Que hora tu quer pegá a camisa, então? Vamo fazê esse brique, tô precisando cara! Outra coisa, vou lavar pra ti, daí ali por umas dez, onze horas, o que tu acha, me liga, lavo ela e "boto" "seca", me dá o retorno aí!". Feito, então! - eu disse.

Se tem uma coisa que eu acredito é que nada acontece por mero acaso. Não foi à toa que eu o encontrei naquela tarde. De fato, o Negrão precisava dos pilas que eu lhe ofereci. Do contrário, não teria retornado. Como se diz, um ajudou ao outro, afinal eu queria a camiseta. No sábado pela manhã, ele novamente me mandou um áudio: "aí ó, estendi agora aqui no sol, tá?". Depois uma foto! Que humildade, do homem! E assim foi como consegui esta raridade. 16 anos depois. Apesar dela também não ter mais o logo do Banrisul, feito a de 2006, para mim é como se fosse nova. E com certeza cuidarei muito bem dela. 

18.9.22

Treze e cartorze! O retorno à primeira divisão e a retrô de 81.

Após lançar aquela que foi escolhida a camiseta mais bonita do mundo em 2005, no ano seguinte, o Grêmio retornou para a primeira divisão. 

E em 2006, o time de Mano Menezes fez excelente campanha e acabou ficando em terceiro lugar e garantiu vaga direta para a Libertadores da América. E o uniforme lançado para o ano de 2006, o segundo da era Puma, tinha como característica uma manga preta e outra azul. E a gola que passou a ser redonda e na cor branca. Em relação a anterior, deixou a desejar na minha opinião. Tanto que não a comprei na época. E só a comprei porque mais uma vez, o seu Roque, aquele da Perusso, fazia do nada umas promoções absurdas... 

E com um pouco de sorte, já em 2008, num dia qualquer fui na Perusso dar uma "sapiada". Dali a pouco, no meio da arara de camisetas, ali estava ela... a camiseta de 2006, porém, para a minha surpresa ela tinha mangas longas. Mangas longas? Não hesitei! A sorte na verdade não foi pouca, eu tive muita sorte naquela tarde. Além de ser mangas longas, carregava nas costas o número 8. Normalmente ou era 9, ou 10. E outro fator, é claro... o preço! R$ 99,00. Porém, acabei fazendo uma bobagem anos mais tarde. Deliberadamente, arranquei o patrocinador da camiseta. A logo do Banrisul, numa tentativa de deixar a camiseta mais "limpa". Estraguei a camiseta. Fiz isso porque eu a usava pouco, peguei certo "ranço" com a camiseta porque toda vez que eu a vestia em dia de jogo, o Grêmio perdia ou empatava... aí eu a aposentei. Sou supersticioso, sim! Mas a guardo com carinho, apesar de ter feito uma judiaria com ela. Quando tirei o patrocinador, acabou ficando um pedaço pequeno, mas percebível se olhado de perto.

E naquela mesma tarde, aproveitando o embalo eu levei também a retrô de 1981 que foi lançada em 2008. Na verdade, entrei na loja procurando por ela e achei a outra. Esta, usei mais vezes. Em dia de jogo, inclusive.E já no caixa, na hora do pagamento, como de costume, aquele chorinho de consumidor... A camiseta de 2006, saiu pelo preço final de R$ 79,00. Esse seu Roque! Um baita sujeito!

16.9.22

119 anos!

Foi ontem, eu sei. Mas não tive tempo hábil para felicitar o Grêmio neste espaço que mantenho há dois anos ininterruptos. Pude, no máximo, escrever poucas linhas sobre este sentimento que tenho desde quando me conheço por gente. Ficou bom, acredito. Porque essas linhas que escrevi no dia de ontem acompanharam a maior prova de amor que fiz por este clube, nestes 37 anos que tenho de idade. É devido a este acompanhamento que não tive tempo. A obra levou 4 horas e 1/2 para ficar pronta. Quanto ao manuscrito, não irei reproduzir novamente para que o mesmo não se torne maçante, repetitivo. Quem viu, viu. Quem leu, leu. Quem não viu e não leu deixo que a curiosidade de cada um imagine o que achar justo. 


Eis então o registro da minha homenagem ao Grêmio pelos seus 119 anos. Não somente ao Grêmio, mas também ao palco das suas maiores (em quantidade) conquistas. O Olímpico Monumental. O Velho Casarão que, a partir do dia de ontem, me acompanhará até o fim dos meus dias. Algo que demorei muitos anos para fazer, apesar da vontade que sempre tive. Pois agora, está feito! Arrumei a coragem necessária, graças à minha esposa que me deu todo o apoio!

Esta obra prima foi feita pelo tatuador Angel Oliveira, que reuniu 3 imagens, numa só. Um trabalho de fina maestria, de muita paciência. Meu agradecimento ao baita trampo que ele realizou. As imagens principais (estádio e símbolo) é de um jogo do Grêmio, contra o Coritiba em outubro de 2012. O último jogo que fui no Velho Casarão. Encontrei no site do Dücker, um dos retratistas mais conhecidos quando o assunto é Grêmio. O restante, é uma imagem do Olímpico que dá ênfase aos arcos que encontrei no Pinterest. 

Por fim, era isso!

Feliz aniversário, de novo, Grêmio!

Contigo, minha vida é mais feliz!

Que venham novas glórias daqui para frente!